Essa tal paz que todo mundo procura

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Está em todos os lugares: na televisão, nos jornais, em músicas, livros e até no trabalho. Todo mundo procura a paz em tantos lugares mas esquece de procurar no mais adequado, devido e destinado lugar: dentro de nós mesmos. 
Pra mim, estar em paz significa estar seguro de si mesmo, confiante e sem maiores preocupações, ciente de que as coisas acontecem naturalmente e que infelizmente (ou felizmente) ainda não criaram nenhum mecanismo que nos faça ter controle sobre absolutamente tudo em nossa vida. 
Se você parar pra pensar, são raríssimos os momentos em que realmente estamos em paz, na maioria do tempo estamos vivendo como adeptos fiéis do 'ter' e não do 'ser'. Ficamos muito tempo nos preocupando com mil e uma coisas e nos esquecemos de dar uma olhada em detalhes simples e lindos de nossas vidas. Por exemplo, eu me sinto em paz quando estou sem nada pra fazer ou pra me preocupar e olho em volta e vejo quantas coisas bonitas ainda existem na minha vida. Não preciso ir longe pra ver nada disso. Basta olhar para um flor desabrochando, uma árvore cheia de frutos e o nascer e o pôr do Sol e você perceberá como o mundo é ingrato perante esses pequenos mas ao mesmo tempo grandes acontecimentos. E a cada novo dia, temos mais uma chance de encontrar a paz.

Clarice Falcão e outras coisas

terça-feira, 30 de julho de 2013

Eu sou do tipo de pessoa que ama tudo o que é de amorzinho. Livros, filmes e músicas desse estilo são as que mais me cativam e inspiram. Um dia estava no YouTube quando me deparei com o vídeo da Clarice Falcão e a ouvi pela primeira vez, suas letras melosas combinadas com sensibilidade e humor me chamaram a atenção e logo, logo eu já estava aprendendo a tocá-las no violão.
Mais tarde, descobri o canal Porta dos Fundos do qual a Clarice participa e logo me tornei fã também, ainda mais que em alguns episódios ela canta e os deixam ainda mais divertidos... Amo música e acredito que atualmente no Brasil anda faltando artistas que escrevam com qualidade aquilo que sentem e pensam sem perder a originalidade e sem cair na "mesmice" dos demais cantores e compositores, e na minha opinião a Clarice é uma boa promessa para a música brasileira atualmente.

Pra quem não conhece ou pra quem conhece e assim como eu sabe como é viciante o som de Clarice Falcão, aí vão alguns vídeos de suas músicas, eu selecionei as minhas preferidas mas vocês podem encontrar muitas outras na internet.

Análise do filme: V de Vingança

domingo, 28 de julho de 2013

Bom, estava pensando em algo inteligente para esse post e acabou que meio veio em mente uma resenha que eu fiz recentemente sobre o filme V de Vingança (em inglês, V for Vendetta) para um trabalho de História na escola. Nunca fui fã de filmes desse tipo e quando soube que teria que assisti-lo em uma aula imaginei que seria mais um daqueles exemplares sobre guerras, morte, tiro e sangue, muito sangue. De imediato fiquei com medo de que meu estômago fraco me prejudicasse, confesso. Mas o fato é que eu mal pisquei os olhos do início ao fim do filme e surpreendentemente ele se tornou um dos meus favoritos desde então. Refleti muito depois de assisti-lo enquanto escrevia a análise sobre ele e, na época das manifestações, vi muitas pessoas mascaradas como o Sr. V e muita gente comentando sobre esse filme. Eu o assisti antes das manifestações começarem mas acho que ele tem muita coisa a ver com elas.

V de vingança
O filme é "um exemplar" de como a massa pode ser influenciada pela mídia e como isso repercute em um regime ditador como governo. Os personagens exibidos no filme são a nossa própria população, e o codinome "V" representa os poucos de nós que realmente têm coragem para lutar por seus direitos e fazer o que julga ser certo, sem ser alienado por outros. Já a personagem Evie, representa aqueles que mesmo diante de situações terríveis ainda se submetem ao governo por medo de dizerem o que realmente pensam e pagarem caro por isso. “V” representa, literalmente, a vingança de uma população inteira contra uma política autoritária e nada democrática.
O papel da mídia no filme e na nossa própria realidade é mostrar o que o governo quer que a população acredite e aceite. É fato que nem toda informação é verdadeira, mas as pessoas se deixam levar por isso e por receio não buscam saber a realidade, talvez por medo de que a mesma seja dura demais para que compreendam. No Brasil, vemos todos os dias propagandas e propagandas eleitorais durante o horário nobre das grandes emissoras brasileiras e sabemos que milhões de reais que nós pagamos em impostos estão sendo gastos ali, para que todos pensem que moram no “paraíso”... mas estamos bem longe disso. E em contrapartida, ninguém se sente encorajado para rebater  isso, muito menos para dizer o que acha a respeito e para mostrar à população como tudo de fato funciona.
"V" tentava mostrar às pessoas que elas podiam decidir como funcionaria tudo, bastava terem coragem, mas todas o julgavam como um ditador maluco e não seguiam seus princípios. Elas tinham medo. O governo severamente punia os opressores e tentava de todas as formas possíveis acabar com "V" porque sabia que ele era uma ameaça gigante, uma vez que ele não tinha medo e estava extremamente disposto a reverter a realidade em que vivia. Essa disposição toda era justamente o que os ditadores mais temiam, qualquer coisa que pudesse influenciar a população a pensar diferente do que era desejado à favor deles mesmos era ameaçadora ao extremo.
Uma das cenas mais marcantes do filme é quando é mostrada a casa de "V" e todos os seus livros espalhados por ela. Os livros representam o conhecimento adquirido por ele e como os mesmos o tornaram tão poderoso. Na época da ditadura no Brasil, as escolas eram proibidas de oferecer aulas de Filosofia, essa foi substituída por aulas de "amor à pátria" e tudo o mais que fizesse as pessoas "amarem o governo" e não "pensarem sobre o governo". Durante o regime, o que interessava para o governo era que a população aceitasse a realidade em que viviam e não se preocupasse em  entendê-la. Muitos músicos e artistas também faziam uso de mensagens subliminares em suas obras, porque qualquer tipo de arte diretamente contra o governo era extremamente punida.
A máscara de “V” funcionava como uma única identidade para uma população inteira, trazia a ideia de que todos somos iguais e o poder que temos também é igual para todos. “V” estava presente não só no homem disfarçado, ele estava em todos os lugares e em todas as pessoas. Nas cenas finais, durante a marcha, é o governo quem passa a sentir medo e o povo se sente tão forte e tão consciente de sua importância que não importa mais o uso ou não das máscaras, eles provaram que “V” não era só uma pessoa a quem, na mente dos ditadores, “tinham que derrubar”, “V” era uma população inteira, um povo que tinha sede de justiça e de lutar por seus direitos e construir um mundo melhor para todos.
Concluindo, pela insistência de V, as pessoas percebem que têm força para mudar as estruturas de poder mostrando do que são capazes. Percebe-se que a midia ajuda a manter o poder que interessa a ela e que às vezes é necessário atuar de forma subliminar para se chegar a um objetivo. Construindo uma consciência política social, poderemos marchar para um futuro onde não sejam necessárias as máscaras da corrupção e do poder pelo poder. 









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